Câncer de Mama

O câncer de mama ocorre quando células do tecido mamário sofrem mutações e passam a se multiplicar de forma descontrolada, adquirindo a capacidade de formar tumor e também de causar metástase, isto é, de se disseminar para outras regiões (como para axila, o que chamamos de metástase regional) ou para outros órgãos (como osso, fígado, pulmão e cérebro, o que chamamos de metástase à distância).

Imagem Câncer de Mama

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete e mata mulheres no Brasil, excetuando-se os tumores de pele. As estimativas para o ano de 2019 são de 59.700 casos novos da doença e 16.069 casos de mortes de mulheres por câncer de mama.

Nesse cenário, é fundamental que essa doença seja levada a sério, e que lutemos por ações que visem o diagnóstico precoce, pois quanto mais cedo o câncer de mama é detectado, maiores são as chances de cura e menores são os custos do tratamento para a paciente.

Sintomas do câncer de mama

Sabemos que muitas vezes essa doença é assintomática, sendo encontrada na maioria das vezes a partir da detecção de um nódulo nas mamas (que pode ser benigno ou não). Mas mesmo assim as pessoas pesquisam isso na internet e esperam encontrar uma lista de possíveis sinais. Por isso, liste alguns dos sinais mais importantes e "graves" e alerte para que a pessoa busque um mastologista imediatamente (vamos colocar um link para o telefone ou whatsapp para converter a leitora em paciente).

O aumento do número de mulheres que realizam a mamografia anualmente tem permitido, cada vez mais, o diagnóstico do câncer de mama em fases iniciais, muitas vezes, antes mesmo que o tumor se torne clinicamente visível ou palpável.

Entretanto, há um número considerável de mulheres que se apresentam sintomáticas ao diagnóstico. Por esse motivo, vale à pena ficar alerta e consultar, imediatamente, um Mastologista, caso note qualquer dos sinais ou sintomas abaixo:

  • Nódulo (ou caroço) endurecido na mama
  • Alteração da consistência da pele da mama (alguns pacientes podem apresentar o que chamamos de peau d'orange, isto é, pele com o aspecto de uma casca de laranja)
  • Saliência ou reentrância na pele da mama
  • Úlcera (ou ferida) na mama
  • Retração, afundamento ou desvio do mamilo
  • Assimetria mamária nova (isto é, quando uma mama começa a ficar maior ou menor que a outra)
  • Vermelhidão na mama
  • Saída de secreção pelos mamilos (principalmente quando ocorre de forma espontânea, isto é, sem você apertar, e quando tem coloração transparente ou vermelho vivo)
  • Dor mamária (em especial quando essa dor é localizada e não se relaciona com o ciclo menstrual)
  • Descamação ou ferimento do mamilo que não cicatriza
  • Nódulo (ou caroço) endurecido na axila

Fatores de risco

O principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de mama é ser mulher, uma vez que 99% dos casos ocorrem no sexo feminino. Dados da Sociedade Americana de Câncer (American Cancer Society) estimam que a possibilidade de uma mulher apresentar câncer de mama ao longo da vida é de 12,5%, ou seja, uma em cada oito mulheres que viverem até os 75 anos serão diagnosticadas com câncer de mama.

Dessa forma, devemos ficar atentos a outros fatores de risco relacionados à doença, tais como:

  • Idade maior que 50 anos (o risco para o câncer de mama aumenta com o avançar da idade)
  • Histórico familiar de câncer de mama e/ou ovário (mas atenção! O câncer de mama hereditário responde por apenas 10% dos casos da doença. Em 90% dos casos, ele ocorre de forma esporádica, isto é, por mutações adquiridas ao longo da vida. Logo, o fato de você não ter histórico familiar não significa que está isenta do câncer de mama)
  • Histórico pessoal de câncer de ovário, de endométrio ou de cólon (intestino grosso)
  • Mamas densas na pós-menopausa (esse é um achado identificado na mamografia)
  • Histórico de irradiação torácica antes dos 30 anos (por exemplo, pacientes que fizeram radioterapia para tratamento de linfoma)
  • Histórico pessoal de hiperplasia ductal atípica, hiperplasia lobular atípica ou carcinoma lobular in situ
  • Mutação dos genes BRCA 1 e BRCA 2
  • Obesidade em pacientes menopausadas
  • Sedentarismo
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas
  • Não ter filhos (nuliparidade) ou tê-los após os 30 anos
  • Menarca precoce (primeira menstruação antes dos 12 anos)
  • Menopausa tardia (após os 55 anos)
  • Uso de reposição hormonal prolongada para tratamento de sintomas da menopausa
  • Uso de anticoncepcionais

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico e o tratamento do câncer de mama têm sido aprimorados com o passar do tempo, graças a um melhor conhecimento das características moleculares dos tumores mamários.

Nos casos em que há suspeita para o câncer de mama, seja por achados do exame físico ou de exames de imagem como mamografia e ultrassom, é necessária a realização de uma bióspia mamária para realizar o diagnóstico.

Uma vez confirmada a doença, a paciente deve receber o suporte de uma equipe multidisciplinar, que inclui vários especialistas, tais como Mastologista, Oncologista, Radioterpeuta, Psicólogo, Cirurgião Plástico, Fisioterapeuta, Enfermeiro, Nutricionista, entre outros, garantindo, assim, um tratamento eficaz e menos doloroso.

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